quinta-feira, 29 de julho de 2010

Esperança

Aquele era um dia seco. Ainda mais seco do que todos os outros dias daquele ano.
Não se sabia exatamente porque, mas as chuvas haviam parado, e isso fazia com que as plantas morressem.
A cada dia havia menos comida, e o rio mais próximo não continha mais água.
Diziam que era por causa dos homens da cidade, mas a cidade mais próxima era muito distante, e ninguém se atrevera a atravessar o deserto para ver o que estava acontecendo por lá.
- O que temos para o almoço hoje, papai? - perguntou um menininho moreno e magro, quase desmaiando de fome.
O pai o olhou com compaixão. O que podia oferecer? Nada.
O que os sustentaria ali naquele fim de mundo?
- O fato de ainda estarmos vivos - respondeu.