sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

A ganância não tem preço

Era uma vez um homem.
Ele era comerciante e voltava para casa com seu cavalo. Era época de chuva, então os rios estavam cheios. Ele chegou a uma travessia em que a água revolta arrastaria e mataria qualquer um que tentasse passar por ela.
Mas o comerciante era inteligente, ele escolheu não atravessar por ali. Devia haver alguma ponte nas proximidades ele só precisava procurar com paciência. Demorou algum tempo, mas ele conseguiu encontrar a ponte, e atravessou por ela, sem perder seus pertences, seu cavalo, ou sua vida.
A morte não esperava por isso. Ela era uma senhora muito velha, e acostumada a conseguir o que queria. Ficou com tanto ódio daquele comerciante que ousava desafiá-la! Então ela fez uma aparição para ele, e lhe deu um presente.
O presente era o seguinte: ele poderia ganhar uma fonte de ouro inesgotável, desde que se arrependesse de matar alguém.
O comerciante aceitou o presente e continuou seu caminho para casa. Sua esposa o esperava com uma sopa quentinha, cama arrumada e roupa lavada. Ela o amava de verdade.
O comerciante pensou muito sobre o que a morte havia lhe dito. Uma morte da qual ele se arrependeria... Ele não tinha ninguém naquela vida além de sua esposa, sem pais, sem filhos, sem irmãos.
Ele ansiava por uma vida sossegada, que não exigisse tantas viagens. Ele queria muito ser rico, desejava muito isso. Um assassinado que ele se arrependeria de cometer... ele só tinha sua esposa naquele mundo, ninguém mais.
Naquela mesma noite ele matou sua esposa, enfiando-lhe uma espada no coração. E depois disso ficou esperando por seu presente, seu prêmio.
Mas o prêmio não chegou. O comerciante esperou e esperou. Esperou por anos e mais anos, continuou com suas viagens e continuou com sua vida difícil.
Um dia ele estava velho,  fraco e doente, e então a morte apareceu mais uma vez.
“Você não me deu meu presente” ele reclamou.
“Mas você não cumpriu minhas exigências” contrapôs a morte.
“É claro que cumpri” insistiu o comerciante. “Eu matei minha esposa”.
“Mas você não se arrependeu” explicou a morte e depois levou-o embora.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O Tempo

O tempo constrói
O tempo destrói
O tempo muda
O tempo educa

Há muitas perguntas a serem perguntadas
Há muitas respostas a serem dadas
Devemos saber onde estão
Procurar sempre quais são

Descobertas a fazer
Nada a temer
Procurar sem medo
O grande segredo

Quem somos?
Para onde vamos?
Encontrar um objetivo
Tornar a vida um grande atrativo

Temos algo a fazer aqui
Como achar, como agir?
O que sabemos é que o tempo não para
Mas para acompanhá-lo é preciso calma

A Fênix



Ó fênix, dourada exuberante
Ave majestosa, de canto elegante
Empresta-me um pouco para acalmar a fadiga
As tuas lágrimas, que curam qualquer ferida

Tu que és sempre sábia e forte
Que renasce das cinzas e não teme a morte
Dê a mim teu honrado saber
Ensina-me tudo e poderei mais fazer

O mal dos homens é a ignorância
E para curá-la tuas lágrimas têm ânsia
Mas infelizmente não bastam as tais
Para essa doença é preciso mais

Sempre há maneira eficaz
Mesmo que esta parece fugaz
Talvez seu poder possamos usar
Para que a verdade possa falar

Se queimar for preciso
Que queimemos, eu digo
Desde que com isso consigamos
Um futuro que admiramos