quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Eu?

Eu que sou poetisa?
Eu que sou inspiração?
Eu de mim não sei nada
Quem sabe mesmo não sou eu

Quem é a flor?
Quem o espinho?
Como sabem eles se são um ou outro?
A verdade é que são um só


Capaz de machucar
Capaz de alegrar
Temendo sempre fazer o mal
Temendo sempre deslizar

E no final
A conclusão é sua
Dizer se fiz bem
Ou dizer se fiz mal

O que importa é que,
No que sei de mim
E é pouco o que sei de mim
Sei que farei o que achar melhor


Procurando esconder os espinhos 
Guarda-los seguros
E revelar somente a flor
Que mal não fará jamais


sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A Caminhada

Um passo de cada vez
Um pé depois do outro
Sempre em frente

Há a opção de contornar as pessoas
Também a de ajudá-las
Ou de pisar sobre elas

Passo a passo se percorre o caminho
Um caminho que terminará quando você determinar
E que continuará se você quiser

Não há uma estrada certa a seguir
Você a levará para o lado que desejar
Direita, esquerda, voltar, seguir

Escolha a direção, a velocidade
Pode desviar dos perigos
E das oportunidades

Pode parar
Sentar
E não se levantar mais

E assim será até o fim
Talvez você desista no meio
Talvez pare porque não tem mais o que alcançar

É essa a eterna caminhada
A caminhada da existência
Da vida