quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Sobre o infinito misterioso

O céu é algo estranho.


A noite cai, o manto azul marinho cobre o infinito e é salpicado por estrelas
Uma lua branca e serena nos observa como uma mãe cautelosa a guardar o berço do seu bebê

Logo chega o sol, o luz majestosa que se espalha pela imensidão ilumina tudo com seu calor protetor
O calor da vida se mostra ainda mais vibrante sob o céu azul

Quando chove, o céu chora
Mas é estranho afirmar isso, já que são essas lágrimas milagrosas as responsáveis pela vida


Quando se olha para cima, é possível ler o céu:

Nuvens cinzentas podem significar desespero, depressão

O dia claro e limpo é a mais pura felicidade

Uma leve névoa é a confusão, a incerteza
A noite escura pode ser o medo
Mas a noite clara é a calma


Quando se acorda no dia de um interro, portanto, nada parece bom:

O sol morno de outono ganha um ar impiedoso e mal
O dia mais belo torna-se o mais escuro de todos
O céu azul parece pesad o e prestes a desabar
A desolação toma conta do mundo


Algumas vezes ocorre que é o céu aquele quem nos dá o humor:

O sol encoberto por nuvens cinzentas nos faz cair em depressão
As estrelas de uma noite clara são sinônimo de alegria

Com a tempestade vem o mal humor
A chuva fina nos dá esperança


E por fim pode-se concluir que é impossível concluir caisa alguma
Por trás do que vimos ainda há muito mais do que o mistérioso desconhecido
Acima das nuves há a lua, o sol, as estrelas, o infinito

E o mais desolador para nós é saber que nem mesmo o que conhecemos conhecemos por completo


O céu pode sofrer?
O céu pode chorar?
O céu pode alegrar-se?
O céu pode entristecer-se?
O céu é capaz de importar-se conosco?

O céu sente?


Porvezes me parece que sim

Ou será que somos nós que de tão pequenos e insignificantes sentimos a necessidade de criar ilusões para nos manter vivos e lúcidos?

E isso é tudo o que podemos saber sobre o misterioso infinito:
Nada de concreto

Nenhum comentário:

Postar um comentário