Magníficas, poderosas
Levam o medo e o respeito por onde passam
São elas, somente elas
Seres serenos sinuosos
Sinceras, verdadeiras, reais.
Reais como fato
Reais como nobres
Aquele que se propõe a olhá-la de perto
Estica a cabeça, curioso
E ela estica a sua própria em resposta
E ficam ali, encarando-se
Ele admirado, assustado
Ela paciente, pronta para tudo
Nos iludem, nos hipnotizam com sua beleza
Sábias, cheias de astúcia
Um veneno capaz de curar
Um veneno capaz de matar
São elas, sempre elas
Donas do mundo
Ocultas pelas sombras
Discretas, incompreensíveis
Elas
As serpentes
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