E lá estava ele. Poderoso, vingativo, medonho, sedutor.
Sua espada cintilava ao sol, tanto a lâmina prateada quanto o sangue vermelho arrancado sem piedade de seus inimigos.
Ele era fabuloso... era heróico... era...
Ela se assustou ao ver uma espada vindo em sua direção. Rapidamente desarmou seu adversário e cravou sua lâmina em seu peito.
Mas ele era um vilão. Zack era o cavaleiro das sombras, servidor do rei, traidor de sua família.
Ele a havia enganado, ele fingira ser alguém que não era... ele dissera... ele dissera que a amava.
Mas eram mentiras, tudo era mentira.
Ela sabia o que tinha que fazer. Ela sabia que precisava honrar sua família, precisava lutar contra a tirania do rei e impedir que o mal triunfasse.
Ela ergueu sua espada e correu em diressão ao traidor. Não pensou no passado glorioso que unira os dois, não pensou nas promessas falsas e palavras vazias que um dia ele já lhe dissera. Ela ignorou a dor no coração e a vozinha ingênua e apaixonada que dizia: "Não faça isso, por favor, não faça!".
Ela avançou e gritou ferozmente anunciando sua chegada ao inimigo.
O homem pareceu assustado ao vê-la.
- O que...? - mas antes que ele pudesse concluir a pergunta teve que levantar a espada para evitar que sua cabeça deixasse o corpo. - Sophie, o que está fazendo?
- O que acha que estou fazendo? - e ela desferiu outro golpe impiedoso do qual ele teve de esquivar.
Ele não a atacou, apenas evitou golpes e bloqueou seus golpes.
- Sua louca! Pare com isso, está me atrapalhando.
- Jura? Que pena - disse ela, irônica -, mas acho que é isso que eu tenho que fazer.
A adrenalina viajava velozmente em suas veias. Ela sorria enquanto lutava pela vida em meio ao campo de batalha.
- Pare com isso, Sophie! Chega de brincadeira!
Ela ficou brava. Brincadeira? Era tão ruim na espada assim?
- Não estou brincando, seu verme! - e com essas palavras ela desferiu um golpe que acertou-o no flanco esquerdo.
Ele pareceu ainda mais assustado.
- Sophie... como pôde...?
Ela avançou mais uma vez, com o golpe fatal em mãos.
Ele bloqueou o golpe e se levantou.
- Não acredito...
Ela tentou acertá-lo mais uma vez.
- Pare com isso, Sophie. O que está pensando?
- Como ousa, seu descarado?! Você nos traiu, você se juntou ao rei!
- Não Sophie, eu...
Mas ela não queria ouvir desculpas.
Ele a desarmou e ela caiu de costas no chão.
- Por favor, me deixe explicar.
- Vai, você venceu, me mate logo!
- Não posso... eu quero que você me ouça.
- Não me venha com essa agora... - ela sacou sua faca de bolso e atirou-a no peito do ex-amante.
Infelizmente sua mira era certeira, a faca acertou diretamente no coração, passando por uma pequena falha na armadura.
O guerreiro caiu de costas. Ela se levantou.
- Sophie... - ele levava uma das mãos sobre o coração. - Eu... não... traí ninguém.
- É tão covarde a ponto de negar seus feitos à beira da morte?
O sangue escorria de seu peito. Ele não disse nada. Com suas últimas forças, enfiou a mão livre dentro do colete de guerra e de lá tirou um papel. Ergueu o papel para ela.
Desconfiada, Sophie pegou o papel com violência. Desdobrou-o e seus olhos se arregalaram ao deslumbrar seu conteúdo.
- Isso é...?
- Eu te amo, Sophie.
O guerreiro fechou os olhos e morreu enquanto sua amada segurava nas mãos o documento oficial de estratégia militar do rei tirano que ele pretendia entregar ao líder dos rebeldes.
Uma lágrima de arrependimento escorreu pelo rosto de Sophie.
ficou muito bom esse mas gostaria d saber como a sophie ficou!!
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